quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Cansaço livra bonfinense da morte no caso Haiti.Bonfinense acompanharia Zilda Arns em missão no Haiti

na foto Capitão José Roberto, de blazer marinho, ao lado do irmão José Lamartine
O capitão do Exército José Roberto Pinho de Andrade Lima, 39, baiano de Senhor do Bonfim (
, é exemplo da sobrevivência entre os escombros e os milhares de mortos na capital do Haiti, Porto Príncipe. Ele tinha a missão de servir de intérprete da fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, morta no desastre, mas se salvou ao repassar a tarefa para um colega, pois estava cansado de uma operação realizada na noite anterior.
Um tenente acompanhava a médica filantropa, no lugar de Lima, quando ocorreu o terremoto que devastou a capital haitiana. Detalhe do destino que salvou o capitão e tirou a vida do colega de farda. O único tenente entre os mortos brasileiros é Bruno Ribeiro Mário, mas o Centro de informações do Exército não confirma se era ele quem acompanhava Zilda Arns.
O capitão baiano está no Haiti desde junho do ano passado, segundo seus familiares, e teve sua permanência estendida por mais meio ano. “Ele tinha sido destacado para acompanhar Zilda Arns e teria que ficar com ela durante três dias como intérprete”, conta José Lamartine Neto, irmão do capitão. “Mas ele teve uma missão no dia anterior, não se sabe o teor, chegou cansado e pediu a um tenente para cumprir a tarefa. Foi isso que o salvou”.
A aflição da família do capitão só diminuiu quando ele telefonou para a esposa, com quem tem um filho de um ano e meio, três horas depois do principal abalo. Na manhã desta quarta, voltou a fazer breve contato, desta vez com a mãe. “Ele me ligou para pedir a bênção, como é hábito de todos os meus filhos (três)”, disse Maria Amélia Sales Pinho. “Ele não entrou em detalhes e foram poucas palavras porque a fila (para usar o telefone) estava longa, cheia de militares que queriam dar notícias para suas famílias”.(A tarde) Postado em 14/01 ás 9:25h

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